Dicas de Decoração - 5 passos para escolher uma moldura

Uma moldura pode dar vida a um quadro. Ou pode acabar com ele. Na hora de escolher você precisa levar esses cinco passos em consideração:


1) Tipo de obra: pinturas, serigrafias, fotografias... O suporte da arte é determinante na decisão de qual moldura usar e até mesmo se a peça pede enquadramento. Telas em grandes formatos, por exemplo, costumam trazer muita informação e raramente são emolduradas - até por uma questão de espaço, afinal, a montagem de uma quadro pode aumentar em cerca de 30% o tamanho da obra na parede. Já papeis e fotografias, mais delicados, ficam melhor protegidos com o emolduramento.

Telas grandes, como esta de 158 x 83 cm feita por  Isa Caldana e
disponível na Moldurarte, dispensam a moldura

2) Tema: o assunto da obra precisa dialogar com a moldura e com o lugar onde o quadro será colocado. Figuras infantis pedem cores fortes ou tons pasteis; artes abstratas, por sua vez, costumam ficar melhor com molduras neutras (branco, preto, marrom); uma figura religiosa pode pedir uma ornamentação maior do quadro, talvez tons prateados ou dourados e assim por diante.

Temas religiosos nem sempre precisam recorrer a uma moldura barroca.
 Nesta delicada caixa, o dourado envelhecido (mas com cortes retos) e
 tom  creme da parte interna foram suficientes para destacar
 o detalhe em crochê e a peça de madeira.


3) Ambiente: Em princípio, uma obra de arte não precisaria combinar com o lugar onde será colocada. No entanto, mesmos os artistas consideram esse critério para poder explorar melhor as formas de interação com o espaço e o público de cada ambiente - o que está em uma sala é visto por mais gente que obras colocadas em áreas privativas da família, como o quarto. A variedade de molduras, que hoje é imensa, é outro fator que nos faz considerar o ambiente como peça chave. Cores, texturas, formatos. São possibilidades que sem dúvida podem ser usadas a favor da peça e de quem conhece o espaço.  Áreas externas ou em contato com a natureza, como a varanda, por exemplo, pedem uma moldura mais orgânica, talvez com textura de bambu, já um escritório às vezes vai bem com algo mais tradicional, como molduras em tons escuros.

Cores, largura, entalhes: cada moldura tem uma personalidade

4) Composição: A montagem de um quadro vai bem além da moldura. No espaço entre o emolduramento e a obra é viável explorar mais de um passe-partout, tecidos, tipo de vidro, espelhos e até outras molduras, geralmente mais finas que a externa. A posição da imagem no passe-partout não precisa ser obrigatoriamente centralizada e esses desloamentos podem ser usados para criar um jogo de leitura para o olhar do expectador. A ideia é que a composição e a moldura sempre valorizem o assunto do quadro e complementem a obra, mas nunca roubem a cena.

Para esta gravura de flor, foram usados dois passe-partout (um bege e um preto),
 um filete com pontos douradod e uma moldura em tom madeira, o que deu um toque clássico ao quadro.


5) Estilo pessoal: Nenhuma regra acima pode dar certo se não combinar com o perfil do proprietário, ou seja, da pessoa que mais contato terá com o quadro. Conhecer o estilo pessoal de quem vai conviver com a obra é essencial para determinar se as peças serão emolduradas com arrojo ou de modo mais tradicional.

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